17 fevereiro, 2007

Conto Matemático, por Rúben e Carlos


Era a 3ª X que aquele + e aquele = se encontravam no problema. Um + musculoso, bem constituído, com aspecto somativo e com algumas equações bem adicionadas pelas abcissas da vida. E o = era bem paralelo, feminino, recto e duplo. Era simples, sempre utilizado em qualquer conta, antecedendo a solução. Ele, pelo contrário, era um sinal vulgar, com todos os vícios dos números e fanático por filmes da prova dos nove.

O + gostou daquela situação: os 2 sozinhos, quase juntinhos, num local sem ninguém ver e ouvir. E, sem perder oportunidade, começou a diminuir-se e a traçar linhas curvas. O = deixou as contas de lado e permitiu essa pequena incógnita. De repente, o problema encrava e o + começa a provocar algumas hipóteses.

Pouco tempo depois, já estavam numa equação apertada. Os números já estavam a corar perante tal multiplicação. Ficaram a trocar hipotenusas num triangulo equilátero, quando o + começou a circular e ficou com a solução às avessas. Entretanto, a geometria abriu-se: era o número primo da fracção. Ele tinha calculado tudo e entrou dando paralelepípedos nos 2 que se encolheram à sua expressão mínima.

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