Conto Matemático, por Carla e Xana
Era a terceira vez que aquele triângulo e aquele círculo se encontram num problema de geometria. Um triângulo bem definido, com três arestas bem afiadas e com alguns pontos bem vividos nos esquadros da vida. Era um círculo bem desenhado, cheio de femininas curvas, muito invejado pelos quadrados e rectângulos. Era redondinho e um pouco titubeante, ao contrário dele: uma figura marcante e bicuda, com todos os vícios da matemática e fanático por filmes problemáticos. O triângulo gostou dessa situação: os dois sozinhos num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder oportunidade começou a desenhar-se, a arredondar os cantos, a conversar. O círculo deixou-se de curvas e foi recto ao triângulo, permitindo uma breve expressão numérica. De repente, o problema parou e ficaram ambos entre parênteses rectos: óptimo pensou o triângulo, mais um bom motivo para provocar alguns problemas. Pouco a pouco, eles quase já nem se cruzavam, de tão apertada que estava a área. Neste compasso de espera, apareceu um transferidor ansioso por medir os ângulos agudos daquela relação. O círculo vendo-se apertado saltou daquela situação triangular para uma aventura piramidal.
Carla e Xana (7ºE)
Carla e Xana (7ºE)
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